A Casa da Câmara e Cadeia de Ouro Preto é um dos mais importantes remanescentes da arquitetura colonial do barroco tardio no Brasil, erguido pelo governador Luis da Cunha Meneses com um projeto de José Fernandes Pinto Alpoim na década de 1780, num período em que as riquezas das minas começavam a se esgotar e os desmandos do governador geravam críticas. O projeto original atendia às necessidades deste tipo de edifício, com salas de arsenal, campanário para convocação do povo, um carcére, uma enfermaria, um oratório, uma cozinha e um açougue, além das salas administrativas. Traços do neoclasissismo que começava a surgir também são perceptíveis no flontão e na colunata da fachada.
Seu aspecto externo é imponente e de grande elegância, com uma fachada simétrica de dois pisos com elementos destacados em cantaria, e um corpo construído sobre um pódio elevado. A escadaria da frente, com uma fonte em pedra lavrada, conduz à entrada principal, com duas portas inseridas em um pórtico com colunas Jônicas que se eleva até o pavimento superior, onde é coroado por um frontão triangular com o brasão real em relevo inscrito, e que continua para cima na torre sineira, onde há um relógio. As aberturas são todas semelhantes, com molduras em pedra e arremate em arco, embora no piso superior tenham sacadas com gradis de ferro trabalhado. Acima do conjunto corre uma balaustrada, com estátuas decorativas nas extremidades. Panteão dos InconfidentesUm espaço especial dentro da Casa da Câmara para abrigar os restos mortais dos inconfidentes. Nem todos os conspiradores ali repousam, pois alguns não puderam ter suas tumbas localizadas, e outros têm sua identificação duvidosa até os dias de hoje, a despeito dos intensos esforços de estudiosos nesse sentido. Estão no Panteão os restos de treze dos vinte e quatro sentenciados pela coroa portuguesa. Uma lápide vazia é o memento dos ausentes, entre os quais está Tiradentes, cujo corpo foi esquartejado e exposto em opróbrio |
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